Em suas gravuras, Alvim cria uma linguagem própria, baseada no universo imaginário da fantasia e da mitologia. Trabalhos em serihrafia, xilogravura, gravura em metal e litografia mostram desenhos de seres imaginários e fictícios, em situações amorosas, de conflitos e desejos. Elas surgem com comportamentos humanos, muitas vezes reflexivas, como se desejassem expressar seus sentimentos.
As figuras são recheadas de simbolismos que transitam em um campo extremamente fértil e imaginativo da criação alegórica, em que se abre um universo lírico desses seres inexistentes que transitam entre o figurativismo e o surrealismo. Seus desenhos mostram imperfeições, impossibilidades, dualidades. Há seres antropomorfos com cabeça de peixe, sereias, serpentes aladas, pássaros, seres parte humano e parte animais, entre outros. Alguns parecem ter posado para o artista.
Longe de serem simples figuras, tais personagens parecem até demonstrar emoções. Nas gravuras poéticas, os seres fantásticos imperfeitos são possessivos, opressores, amáveis, amantes, melancólicos, demonstram o mais humano, sentimental e bestial do homem comum.
Nascido em Duque de Caxias (RJ), em 1972, Alvim iniciou seus estudos de desenho em um curso de arte na escola primária. A partir de 1988, publicou a primeira ilustração de imprensa no Jornal dos Sports. Seguiu publicando no Jornal do Sports e em publicações alternativas, até que, em 1991, foi colaborar com o jornal Tribuna da Imprensa.
Em 1993, iniciou os estudos no curso de pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ e, posteriormente, transferiu-se para o curso de gravura e desde então desenvolve um trabalho autoral. Em 1993, seguiu para o jornal O DIA, depois trabalhou no Jornal do Brasil e O GLOBO, onde já ganhou mais de 100 prêmios, nacionais e internacionais de design de notícias.